Opinião: Dois trancos, um pesos e duas medidas

Arbitragem desastrosa prejudica o espetáculo da final
Apesar de muita chuva na noite de sábado (25) em Francisco Beltrão, o ginásio Arrudão ficou lotado para presenciar um grande espetáculo entre duas das potências do futsal paranaense da atualidade: Marreco e Guarapuava fizeram um jogo muito bom, com golaços, show nas arquibancadas e muita rivalidade. Pena que esta primeira partida da final também teve seu lado triste (e até bizarro), que foi a arbitragem e a violência contra os atletas.
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    Os torcedores das duas equipes podem divergir em tudo, mas depois do jogo de ontem concordam em uma coisa: a arbitragem foi lastimável. Acredito que, nem tanto pelos erros, inversões de faltas e confusões causadas (e as que passaram despercebidas) pelos “homens do apito”, mas principalmente pela falta de critérios adotados em uma final de campeonato.

    Explico: O jogo estava 1x0 para o Marreco, que abriu o placar com um belo gol de Émerson, quando aconteceu a jogada polêmica, perto do final do primeiro tempo: Nenê deu um tranco firme em Erickson, que perdeu a jogada, na sequência a bola foi para Thiagão que bateu forte para balançar as redes e empatar a partida.

    O time do Marreco pediu falta no lance e as reclamações renderem cartões amarelos para Erickson, Ronaldo e Emerson. Depois Ronaldo levou o vermelho e o técnico Nelsinho Bavier também foi expulso.

    Se a falta existiu ou não, é uma discussão que vai longe, pois sendo o futsal (assim como o futebol) um esporte de contato quem entra mais firme, geralmente, ganha as divididas. Porém, o lado beltronense reclama que a entrada não foi leal e, embora visasse a bola, teria sido executada com força excessiva.

    Acredito que a arbitragem, no momento, não concordou com esta a segunda possibilidade e por isso validou o gol. No entanto, como explicar que segundo tempo uma jogada muito parecida (para não dizer igual), do mesmo ala Nenê, tenha sido punida com o cartão vermelho? Teria a arbitragem mudado completamente seus conceitos de um tempo para outro? Ou os “homens de preto” simplesmente sucumbiram às pressões dos donos da casa, compensando uma situação que já estava superada no jogo?

    Seja qual for a resposta, a verdade é que o cartão vermelho do segundo tempo interferiu diretamente no resultado, que estava em 2x1 para o Marreco que, com um homem a mais, abriu a vantagem para 3x1 e praticamente definiu o jogo.

    Isso sem falar das confusões no intervalo, onde se diz (pois não estive lá no Arrudão) que houve violência física de dirigentes e torcedores contra os jogadores do Guarapuava, sem intervenção da arbitragem ou do policiamento: este é um caso muito sério, que não pode ficar sem uma boa investigação e punição dos culpados: não podemos ficar reféns da violência nos ginásios, seja ela qual for.

    Enfim, espero que a Federação Paranaense de Futsal, que já fez tantas lambanças em menos de seis meses de atuação, pelo menos tome cuidado com a arbitragem dos jogos decisivos (já que, dos outros eu já perdi a esperança). Cuidado, Federação: estamos jogando no lixo um trabalho que levou muito tempo para ser construído, que levou o futsal paranaense a ser um dos grandes do país.

    Ainda bem que, apesar de tudo, o torcedor ainda acredita no espetáculo: foi isso que motivou a torcida de Beltrão a lotar seu ginásio e ver o lado bom do espetáculo, um exemplo foi o golaço de Neto Caraúbas. No próximo sábado (dia 2) é a vez de o torcedor guarapuavano fazer sua parte e mostrar que também é fanático por este esporte, lotando o Joaquinzão.

    Tomara que, depois do jogo da semana que vem, as postagens deste blog tenham como temas os gols bonitos, a torcida cantando e as jogadas bem feitas (sendo duras ou não) e não tratando da arbitragem medíocre ou da violência, o lado feio do esporte que, um dia há de desaparecer de nosso ginásios.

3 comentários:

xx J.J xx disse...

é lamentável e vergonhoso isso

Vilson Juarez disse...

Na minha opinião a arbitragem paranaense é fraca. Eles acabam errando mesmo. Nessa primeira fase da liga a arbitragem é do Estado da equipe, e assim podemos assistir as presepadas dos caras. E cada coisa! Abraços aos amigos de Guarapuava e tenho certeza que o CAD vai ser campeão! Abraços aos jogadores do CAD que já batalharam aqui pela Copagril. Boa sorte, felicidades e Sucesso!

Alexandre Baggio disse...

A sua análise é perfeita e, como vi o jogo, gostaria de acrescentar que o banco do Marreco foi para cima da arbitragem, no lance do Erickson, pois ele bateu violentamente contra o muro e o jogo deveria ser parado, na minha visão, para o atendimento (sendo ou não a falta marcada). Isso acabou inflando a torcida e fazendo acontecer todo o problema do intervalo (que eu também condeno). Depois, como você bem citou, o time beltronense também foi beneficiado, mas o grande problema é o clima de 'gerra' que ficou para o segundo jogo. Esperamos um grande espetáculo da torcida, dos jogadores e que vença o melhor.

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