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Guarapuavanas não tiveram dificuldades para golear Faxinal por 8x1; no bolão masculino, Guarapuava caiu nas quartas de final.
“Família é quem você escolhe pra viver... Não precisa ter conta sanguínea. É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia”, diz canção da banda ‘O Rappa’. Sem exageros, o verso pode ser tranquilamente aplicado a equipe de futsal feminino de Guarapuava.
Os gritos, as orientações e as cobranças em quadra são cenas comuns durante qualquer disputa esportiva. Não tão comuns talvez sejam o carinho, o zelo e a preocupação com os atletas no dia a dia. Características que fazem do técnico das meninas de Guarapuava um verdadeiro pai para suas pupilas. E como em toda família sempre tem aquela preferida, a que ouve mais e também é a mais cobrada entre todas as outras.
“Considero todas elas minhas filhas”, comenta o paizão Sérgio Miranda, o Ratinho. “Elas me chamam de pai, mas tem uma que é a minha preferida e também a que eu mais cobro”, acrescenta se referindo a goleira Rúbia Randara. “Adotei ela como minha filha principal”.
Durante a decisão das quartas de final contra Faxinal na terça-feira (27) a equipe deu demonstração de união dentro e fora da quadra. Venceu fácil por 8 a 1 e garantiu vaga na semifinal dos Jogos Abertos do Paraná, Divisão B, em Arapongas. “É apenas o resultado de um trabalho de anos e elas sabem disso”, diz Miranda.
A goleira Rubia está entre as três melhores do Estado, segundo o treinador. Em quadra ela mostrou que leva muito a sério o futsal e foi um dos destaques da equipe. Sobre o professor/pai ela não esconde o sentimento. “Tudo que a gente precisa a gente pede pra ele”, comenta. “Ele é brabo em quadra, nos cobra muito, mas fora dela cuida de nós como um pai, quer saber o horário que chegamos da escola, se estamos com algum problema. Eu não tenho medo nem vergonha de falar de tudo com ele”, conta a goleira.
Outra prova do carinho por esta paternidade não genética vem de outra Rubia, a capitã da equipe e ala-pivô. “A maioria das meninas do nosso time são de fora, por isso é ele que corre atrás de tudo para nós. Ele é super protetor, até demais às vezes (risos)”, comenta. Rubia Mara conta ainda que 12 meninas moram juntas em uma pensão, o que demanda mais cuidado ainda por parte do treinador.
“O futsal feminino ainda sofre muito preconceito e elas precisam de muito apoio para poder superar essas barreiras, mas com muita atenção e cuidado elas conseguem passar por cima de tudo isso”, finaliza Sérgio Miranda.
Outros resultados
No confronto entre Foz do Iguaçu e Goioerê a equipe iguaçuense era a favorita. Apesar disso, não foi nada fácil a passagem às semifinais. Goioerê teve várias chances de fechar com vitória, mas não levou êxito nas finalizações. No tempo normal o jogo terminou empatado em 1 a 1. Na disputa por pênaltis foram necessárias dez cobranças de cada lado para conhecer a equipe semifinalista. Final 9 a 8 para Foz do Iguaçu.
Outro favorito não teve tanta sorte assim. Colombo vinha de boa campanha e ‘corria por fora’ na disputa do título, mas Carambeí estragou os planos das colombenses. Placar final, 5 a 1 para as carambienses que seguem na competição.
A última equipe classificada às semi saiu do confronto entre Palotina e Paranavaí. Em um jogo de muitos gols as paranavaienses levaram a melhor, venceram pelo placar apertado, 7 a 6, e garantiram vaga entre as quatro melhores.
Confrontos semifinais nesta quarta feira (28)
15h45 - Foz do Iguaçu x Carambeí
18h15 - Guarapuava x Paranavaí
Também na quarta feira serão disputadas as semifinais do futsal masculino. Os jogos da fase decisiva são os seguintes:
17h - Lunardelli x Foz do Iguaçu
19h30 - Prudentópolis x Pato Branco
Texto: Sérgio Ferreira (www.jogosabertos.pr.gov.br)
Bolão Masculino eliminado
O futsal feminino é a única modalidade em que Guarapuava ainda luta pelo título. Isso porque a equipe do bolão masculino foi derrotada nas quartas de final por Ponta Grossa, pelo placar de 1368 a 1336. Além de Ponta Grossa, se classificaram para as semifinais as equipes de São Miguel do Iguaçu, Rolândia e General Carneiro.
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