LNF: Eliminados, paranaenses seguem como coadjuvantes na principal competição do país


Mais uma vez, paranaenses não conseguiram grande destaque na principal competição do salonismo nacional. 

Com a eliminação do Poker/Óleo Leve/Guarapuava Futsal, na Liga Nacional de Futsal (LNF), nenhuma equipe paranaense figurará entre as oito melhores do país, na fase de quartas-de-final. O Gazin/Umuarama/Penalty, há algumas rodadas já não tem chances de classificação, pelo grupo B, e as equipes da Copagril/Sempre Vida/Marechal Cândido Rondon e do Red Panther/Muffatão/Cascavel Futsal foram eliminadas na primeira fase da competição nacional.

A maior decepção do estado na LNF 2015 foi a equipe guarapuavana. Depois de conseguir chegar às quartas-de-final na temporada passada, o clube aumentou seu investimento, com o objetivo de chegar entre os quatro melhores. O início do campeonato foi bom, com o time alcançando a liderança da primeira fase por algumas rodadas, mas vários fatores como a falta de um terceiro patrocinador máster, a maratona de jogos e a saída de jogadores importantes, como André Maluko e Roncaglio, contribuíram para uma perda de ritmo que se evidenciou no decorrer do certame. As derrotas em casa foram o termômetro desta queda de rendimento: Em 2014, o time perdeu apenas um jogo em casa em toda a Liga Futsal. Na segunda fase da LNF 2015, foram quatro derrotas dentro do Joaquinzão, que contribuíram bastante para a eliminação precoce.

Outra decepção paranaense foi a Copagril que, pela primeira vez desde que ingressou na LNF, não passou da primeira fase. A equipe rondonense terminou em 15º lugar (23 pontos), perdendo a vaga no saldo de gols para o time do São José Futsal-SP. A maratona de jogos, entre os meses de abril e junho, interferiu claramente para este desempenho. Tanto que, focada em apenas uma competição (Chave Ouro), a equipe rondonense subiu de produção, terminando invicta a segunda fase do estadual.

As equipes de Umuarama e Cascavel também tiveram muitos altos e baixos. Ambas oscilaram nas classificação da primeira fase, mas na reta final, os umuaramenses abriram vantagem, conseguindo a classificação. Na segunda fase, porém, o desempenho do time de Umuarama ficou muito abaixo da primeira fase, sem conseguir uma vitória sequer e amargando a lanterna do grupo B.

Coadjuvante

Assim, como nos últimos anos, o estado do Paraná continua como mero coadjuvante na LNF. A exceção aconteceu há cinco anos, quando a Copagril conseguiu avançar até a final, ficando com o vice-campeonato da Liga de 2010. De lá para cá, nenhuma equipe paranaense conseguiu, sequer, chegar às semifinais. As piores marcas, nesta história recente, aconteceram nas edições de 2012 e nesta, de 2015, quando nenhum time do estado se classificou para os play offs.

O desempenho irregular da LNF também se repete nas demais competições nacionais disputadas pelas equipes do estado. Na Taça Brasil de Clubes, os times paranaenses têm lutando, ano a ano, apenas para permanecer na Divisão Especial. Até mesmo na Liga Sul, que é disputada apenas por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os títulos são raros. Em 10 edições do torneio, os paranaenses ficaram com a taça apenas em 2005, com o São Miguel Futsal, e em 2009, com o Paraná Clube.

Correndo atrás

Para reverter este quadro, algumas equipes já estão mudando de postura em alguns dos pontos cruciais da competição. O primeiro deles é a questão da franquia própria: Diferente de outras competições, a classificação para a disputa da LNF não obedece critérios técnicos. Entra na competição quem adquire uma franquia ou representa um dos franqueados. Até o ano passado, nenhum paranaense possuía vaga própria, mas em 2015 o Cascavel Futsal quebrou esta barreira e se tornou o primeiro clube paranaense a ter uma franquia. Outra vaga paranaense (embora não seja utilizada por uma equipe do estado) é da empresa Jaclani Esportes, de Marechal Cândido Rondon. Neste ano, a vaga está sendo representada pela Alaf, do Rio Grande do Sul.

Nos bastidores, muito de fala do interesse da Copagril em adquirir sua franquia própria. Além disso, equipes como Cresol/Marreco, de Francisco Beltrão, e Keima Futsal, de Ponta Grossa, estão se movimentando para poder ingressar na competição, seja com vaga própria ou representando um dos 20 franqueados. De uma forma ou de outra, a certeza é um maior número de equipes e de franqueados paranaenses tendem a melhorar o desempenho geral do estado.

Outra medida, que pode ser adotada a partir do ano que vem, é a mudança no calendário e/ou no formato de disputa da Chave Ouro do Campeonato Paranaense, visto que os clubes da LNF sofrem com o excesso de jogos, enquanto as demais equipes sentem a falta de ritmo, pela ausência de partidas por períodos muito longos.

Em 2011, houve uma alteração na fórmula, sugerida pelo Umuarama Futsal, visando diminuir o número de jogos das equipes da Liga Futsal. O Guarapuava Futsal (que na época não disputava a LNF) foi contrário, inclusive entrando com recurso no TJD contra a decisão. Depois de muita polêmica e de uma fórmula diferente, no ano de 2012, as equipes retomaram o formato antigo, decidindo, também, que o formato continuaria o mesmo por três anos (até 2015). A dúvida, neste momento, é se o clube de Guarapuava estaria disposto a encampar uma nova mudança, agora que está consolidado na LNF.

6 comentários:

felipe disse...

Só uma pergunta - é pergunta mesmo, não crítica nem nada. O CAD está consolidado na LNF até quando? Ano que vem pelo menos tá garantido? Minha opinião é que o único clube que tem o que comemorar neste ano de 2015 é o cascavel, que não vai mais precisar mandigar vaga na Liga.

Márcio Nei disse...

Ola, Felipe. Quando digo consolidado, quero dizer que hoje o CAD já tem uma certo nome e uma certa "força política" no cenário da LNF. Coisa que não existia nos dois primeiros anos de Liga Futsal, já que era apenas um calouro. No final das temporadas 2012 e 13, os boatos sobre o CAD deixar a Liga eram muito mais frequentes, mas hoje o clube tem contrato assinado até 2016 e, caso aconteça algum imprevisto (já que a vaga pertence à Poker), o clube tem totais condições de brigar por outra vaga ou, até mesmo, por um convite, como fez o Floripa neste ano e como o próprio Cascavel fez em anos anteriores, antes de ter sua vaga própria.

Mas, com certeza, só o Cascavel fez seu "trabalho de casa" e hoje não depende mais disso. A torcida é para que, em médio prazo, todas as grandes equipes do PR tenham suas vagas próprias. Inclusive, a primeira que terá que "rebolar" será o Umuarama, que estaria perto de perder sua vaga para uma equipe paulista.

felipe disse...

Ok.. muito obrigado pelo esclarecimento! Abço

Unknown disse...

Ainda continuo com minha ideia que enquanto as grandes empresas não patrocinarem com mais afinco nossas equipes não teremos campeões paranaenses da liga... Com investimento médio, como temos, conseguimos ir bem com muita competência,é uma pena, outros torcedores podem também dizer, eu falo por minha cidade Guarapuava, existem empresas e também empresários, que tem muita condição financeira mesmo com a crise a qual vivemos, que poderiam apoiar o esporte, que não é de tão alto investimento... mas não o fazem, muitas vezes por rixas politicas...

kleber disse...

Partindo desse principio de certo nome e "força politica", creio que o Umuarama não terá que "rebolar" tanto assim pra conseguir uma vaga na liga ano que vem visto que já tem o convite da LNF para disputar a mesma em 2016, afinal já são 9 anos de participação ininterruptas no campeonato, o que pode ser um impecilho é a falta de patrocinio, o que tem atrapalhado muito o time nos ultimos anos, quem sabe com um possivel titulo na chave ouro, os empresários da cidade e região se animem a investir mais na equipe.

Márcio Nei disse...

Sim, o Umuarama terá que usar estes argumentos para seguir na competição.

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