2.4.10
Time tenta tirar forças da tragédia para fazer um bom campeonato.Vinte um dias depois do início do Campeonato Paranaense de Futsal, Chave Ouro, a equipe de Guarapuava faz sua estréia neste sábado, dia 3, contra a Adeafi de Foz do Iguaçu.
A demora se deu para que os atletas e a comissão técnica superassem o “trauma” da morte do fixo Róbson, que faleceu durante a disputa da Copa 200 Anos de Guarapuava, um torneio preparatório que aconteceu dias antes do início da competição estadual.
A tragédia que parou o país.
A morte do jogador de Guarapuava teve repercussão nacional: durante o jogo contra o Palmeiras-SP, disputado no ginásio Joaquim Prestes, Róbson deu um carrinho na linha de fundo da quadra e acabou sendo atingido por uma lasca de madeira que se soltou do piso. O jogador foi levado às pressas ao hospital São Vicente de Paulo para fazer uma cirurgia para retirar o pedaço de madeira, mas, no hospital, constatou-se que a lasca de aproximadamente 40 cm atingiu o intestino do atleta, que não resistiu à cirurgia e morreu na manhã do dia 7 de março.
A morte de Róbson, natural de Foz do Iguaçu, causou grande comoção na cidade. Amigos, atletas e torcedores foram pegos de surpresa e ficaram muito abalados com o acidente. Assim, a Federação Paranaense de Futebol de Salão preferiu adiar os jogos do time guarapuavano. Por isso a estréia tardia da equipe em 2010.
As conseqüências são sentidas até hoje. A mais evidente é a interdição do ginásio Joaquim Prestes, que, apesar de liberado pela Polícia Civil que já realizou a perícia para avaliar as condições do piso, ainda depende da liberação do Ministério Público, que solicitou ao CREA-PR uma nova perícia para poder liberar o ginásio.
Com a interdição, a Prefeitura encontra-se de mão atadas, já que não pode iniciar as reformas para que o Guarapuava possa jogar e treinar no Joaquinzão. Uma carga do novo piso (a primeira de três) para uma reforma temporária já foi entregue, mas não é possível iniciar as obras sem a autorização do MP.
Sem poder utilizar o maior ginásio da cidade, o time de Guarapuava treina no ginásio da Associação da Caixa Econômica Federal há algumas semanas. Quanto aos jogos oficiais, foram marcados para o ginásio Altair Bührer Macedo, o Trianon, que passou, nos últimos dias, por várias obras em sua estrutura para receber os jogos contra a Adeafi neste sábado e contra o Paraná Clube, no dia 7, quarta-feira. A nova estrutura deve comportar um público de aproximadamente 1500 pessoas, metade da capacidade do Joaquinzão.
Torcida e clube homenageiam Róbson.
Na partida deste sábado, duas novidades: a nova Torcida Organizada Camisa 18, alusão ao número que Róbson usou durante sua passagem pelo clube, e a aposentadoria da camiseta 18 do Deportivo/Guarapuava. Forma que o clube achou de prestar uma última homenagem a um de seus principais jogadores em 2009 e que seria peça fundamental para a temporada de 2010.
Jogadores deverão entrar em quadra com uma camiseta criada pela nova torcida organizada e realizarão uma homenagem a Róbson, antes que a bola role no Trianon.
Novo elenco.
Buscando melhorar a quinta posição no estadual do ano passado (melhor colocação do time guarapuavano na Chave Ouro), a diretoria manteve a comissão técnica, liderada pelo técnico Eduardo Pacheco, o Baiano, e fez uma mescla de jogadores que já estavam em Guarapuava em 2009 e outros que vieram de grandes equipes do Paraná e de fora do estado. Confira o elenco para a temporada 2010:
Goleiros: Brigadeiro, Roni, Ethiene e Wellington (ex-Londrina); Fixos: Ademir e Tarcísio (ex-Cascavel); Alas: Neto, Oliveira, Carrapicho (ex-Marechal), Biro (ex-Marechal), Ricardinho (ex-Cascavel) e Fernandinho (ex-futsal italiano); Polenta, Édson (ex-Palotina) e Daniel Japonês (ex-Atlântico/ Erechim-RS).
Para o jogo contra a Adeafi apenas Ademir deve ficar de fora: o fixo se contundiu no final de fevereiro em um amistoso e está voltando aos poucos aos treinos com o restante da equipe.
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