Caso lembra muito o acidente em Guarapuava, com Robson Costa.
Um jogador de futsal amador teve a perna perfurada por um pedaço de madeira de cerca de meio metro, no último sábado, na Espanha, durante o jogo entre o Peña Sang Culé de Barcela e o Cornellá. Identificado apenas como Jose P., o atleta de 26 anos teve a coxa esquerda atravessada pela lasca da tábua, que se desprendeu do piso do ginásio. As informações são do jornal catalão "ABC".
De acordo com o jornal, o incidente aconteceu aos 18 minutos de jogo, quando Jose tentava fazer uma jogada pelo lado direito da quadra. No lance, a placa se desprendeu do piso e o atingiu. Apesar da imagem forte, Jose não teve maiores complicações. A madeira não danificou o osso, nem músculo, artéria ou nervo: "As enfermeiras fizeram fotos comigo porque nunca tinham visto nada parecido . A verdade é que eu tive muita sorte", disse Jose.
No hospital local, ele teve o objeto retirado pelos médicos, ganhou alta e ficará se recuperando em casa nos próximos dias. Ainda assim, o jogador disse que vai denunciar o ginásio San Ildefonso. "Poderia ter acontecido algo muito mais grave. No Brasil morreu um jogador por isso," declarou.
Fonte: globoesporte.com
Quase dois anos da tragédia em Guarapuava
Impossível não relembrar o ocorrido com o jogador Róbson Costa em um lance muito semelhante que aconteceu na cidade de Guarapuava, no dia 6 de março de 2010. O time do Clube Atlético Deportivo/Guarapuava Futsal jogava a Copa 200 Anos de Guarapuava contra o Palmeiras-SP e logo nos primeiros minutos de partida, Róbson foi atingindo por uma lasca, depois de dar um carrinho próxima da linha de fundo.
A diferença do lance de Robson com o caso da Espanha, é que o atleta do time Guarapuava teve seus órgãos internos atingidos. O jogador foi retirado consciente da quadra e, na hora do acidente não havia entre os presentes no ginásio Joaquim Prestes, a verdadeira noção do incidente. O que causou ainda mais surpresa ao se saber da gravidade da lesão.
Róbson passou por uma cirurgia no Hospital São Vicente de Paulo, mas não suportou os ferimentos, entrando em óbito noa manhã dia dia 7 de março. O caso trouxe uma grande comoção em todo o Brasil e também no exterior. O ginásio Joaquim Prestes ficou interditado no primeiro semestre de 2010 e seu piso de madeira foi substituído pelo piso atual de concreto, coberto com uma tinta especial.
Naquele ano, o time de Guarapuava (que aposentou a camisa nº 18 em homenagem ao atleta) demonstrou uma incrível superação, transformar a tragédia em vitória: mesmo sem poder jogar na maior parte do ano em seu ginásio e tendo que conviver com a perda de um de seus atletas, o grupo do CAD se uniu, buscando forças para chegar ao título da Chave Ouro de 2010. A vitória foi comemorada em pleno ginásio Joaquim Prestes, com destaque para os familiares do jogador, que acompanham a partida e deram a volta olímpica com o time de Guarapuava.
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