Longa na primeira fase, Chave Ouro poderá ser injusta nos play-offs.
A grande maioria dos clubes participantes do Campeonato Paranaense de Futsal, Chave Ouro, comemorou a nova fórmula da competição, aprovada em arbitral do último sábado, principalmente por dois motivos: agora o calendário de todas as equipes é contínuo até o mês de outubro. Outro motivo é o retorno das equipes da Liga Futsal desde o começo da competição, o que, na visão dos dirigentes, deverá deixar o campeonato mais atrativo do que no ano passado.
Os jogos de ida e volta da primeira fase são, sem dúvida, a grande diferença desta edição para os anos anteriores. Se por um lado muitos comemoraram, outros não foram tão receptivos à este item da fórmula, principalmente as equipes que jogarão outras competições no decorrer do ano e terão que se desdobrar para cumprir todo o campeonato.
Entre estas estão as equipes da Liga Futsal e o Paraná Clube. O técnico Vinícius França, comandante do Tricolor vê vantagens e desvantagens na fórmula: “Fora a Série Ouro, em 2012, teremos pelo menos mais quatro competições para disputar. Isso vai exigir um cuidado maior na parte física”, observou. Por outro lado, treinador acredita que as equipes terão um ritmo de jogo melhor: “Por ser um campeonato mais longo, temos a possibilidade de evoluir e ter mais consistência durante a competição (...). Apesar de ser um campeonato desgastante, teremos condições de ajustar o grupo no decorrer da competição”, concluiu.
Opinião: Segunda fase poderá ser ingrata com equipes com melhores aproveitamentos
Depois de uma primeira fase longa, com jogos de ida e volta (30 para cada time), 12 equipes se classificam e jogam entre si em seis chaves de mata-mata (com jogos de ida e volta). Como o melhor pega o pior classificado, teoricamente, o primeiro deverá ter certa vantagem. Mas como frisei: a vantagem é só teórica, pois se uma equipe com uma grande campanha na fase de classificação perder seus jogos, dependerá do saldo de gols somente da fase de mata-mata para seguir vivo na competição.
Ou seja, uma grande campanha nas 30 rodadas pode ir água abaixo se uma equipe não estiver bem na hora do “vamos ver”. Desta forma, se por um lado a idéia da FPFS poderia provocar “acertos”, como alertou o técnico Cafu (Corbélia) durante o arbitral, a ideia aprovada pelos clubes poderá causar grandes injustiças com as equipes com melhor classificação na primeira fase.
A sugestão exposta pelo blog futsaldaqui, durante a transmissão do arbitral via twitter, para resolver este problema, me parece menos propensa para criar estas “injustiças”: a idéia é, basicamente, de que os quatro primeiros passem direto para as quartas de final. Assim, nas oitavas jogariam as equipes de 5º a 12º, os quatro vencedores destas chaves se juntam aos quatro primeiros da primeira fase na sequência, dando prosseguimento a competição.
A grande vantagem é que a primeira fase continuaria competitiva até o final, com as equipes lutando para chegar entre os 4, garantindo a classificação antecipada. Do jeito que está, teremos muitas equipes classificadas com várias rodadas de antecedência, sobrando somente a luta para melhorar a classificação para enfrentar, nas oitavas, um adversário “teoricamente” mais fraco (como dissemos anteriormente).
Acredito que com este ajuste na fórmula teríamos um campeonato bem mais “redondinho”. Quem sabe, no futuro, algum dirigente encampe a idéia, para que esta fórmula, que já é boa, seja lapidada e fique ainda melhor, proporcionando um campeonato ainda mais competitivo e emocionante para os torcedores.
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