Da tragédia à glória, o goleiro esteve presente nos momentos mais marcantes do CAD
Depois de um ano ruim seguido de um ano de recuperação na equipe de Guarapuava, Brigadeiro chegou à sua terceira temporada pela cidade em 2010. Além dele permaneceram o técnico Baiano e os jogadores Roni, Róbson Costa, Ademir, Neto, Oliveira e Polenta. Chegaram para reforçar o elenco, Tarcísio, Biro, Carrapicho, Ricardinho, Japonês, Fernandinho e Edson.
(Leia mais...)
O time desta vez era muito promissor, com chances reais de lutar pelo título paranaense. Para deixar o time pronto para a disputa foi promovida a Copa 200 Anos de Guarapuava: um quadrangular de pré-temporada, contra as equipes de Joinvile-SC, Atlântico de Erechim e Palmeiras-SP.
Tudo corria bem na competição e Guarapuava vinha tendo um bom desempenho, quando aconteceu, uma das maiores tragédias do esporte brasileiro: a morte do jogador Robson Costa, grande amigo e companheiro de clube de Brigadeiro no Guarapuava e em Marechal Cândido Rondon.O acidente aconteceu bem ao lado de Brigadeiro: Robson deu um carrinho para tirar uma bola para escanteio e uma lasca de madeira se soltou do piso, atingindo os órgãos internos do jogador. Nem o próprio Róbson percebeu a gravidade da situação na hora do acidente e pediu para Brigadeiro puxar a lasca enquanto ainda estava quente, confidenciou o arqueiro, dias após a tragédia. Depois de ir para o hospital, Robson não resistiu e faleceu na manhã do dia seguinte.
Esta talvez tenha sido o pior momento em toda a história de Brigadeiro, do Guarapuava e de todo o futsal Brasileiro: o clube chegou a cogitar encerrar suas atividades, mas com muita força de vontade, o clube e seus atletas se reergueram mais uma vez e, mesmo sem poder jogar por mais de um semestre no Joaquinzão, que ficou interditado, o time de Guarapuava fez sua melhor campanha no Paranaense, que culminou com o título no final do ano. Um grande final feliz depois da pior das adversidades.
Ainda neste ano, o clube conquistou o vice-campeonato da Liga Sul em Santa Catarina e se consolidou com um clube reconhecido no estado e no país.Temporada atual
Em 2011, na quarta temporada de Brigadeiro em Guarapuava, o clube foi surpreendido por uma nova fórmula na Chave Ouro, aprovada de forma irregular no arbitral e que acabou dificultando novamente o clube guarapuavano, principalmente nas vendas de ingressos, já que, sem os clubes da Liga Futsal na disputa, a torcida diminuiu nos jogos do primeiro semestre.
Mesmo assim, a equipe liderada pelo técnico Baiano e pelo capitão Brigadeiro jogou com seriedade e responsabilidade. Chegaram novos reforços como Gil, Dionísio, Thiago, Thagão, Júnior Cabeça e Nenê que mantiveram a força e, juntamente com a base remanescente, levaram o Guarapuava até o final da Chave Ouro Primeira Parte.No primeiro jogo da decisão o resultado não foi o esperado, perdendo por 3x2 para o Marreco. Mas no próximo sábado (dia 2), o Guarapuava poderá reverter a vantagem e lutar por mais um título na história do clube e de Brigadeiro, jogador que se confunde com a história da equipe, completando 100 jogos com a camisa guarapuavana justamente na grande final.
Se depender de toda esta longa história, com tropeços e superações, o torcedor guarapuavano pode ter a certeza de que o capitão Brigadeiro tem muitas chances de levantar mais uma taça neste sábado, brindando com Chave de Ouro estas 100 participações defendendo Guarapuava.
0 comentários:
Postar um comentário